Não era fácil
“estar na moda” nas décadas de
Nessa época, o município já contava com uma população suficiente para pleitear sua emancipação. E o luxo e a vaidade já eram suficientes para ser atraídas pelas novidades dos grands centros culturais do país.
Mesmo raras, as viagens desses senhores para Salvador eram comuns. Nas Lojas Slloper, Pernambucanas e no Salão da Madame Janette situado na Rua Chile, eles traziam para o interior a moda mais recente de Paris, o centro cultural mais importante da época.
A mulher
itambéense costumava, nos dias de casamento e de solenidade, trajar bem. O uso
da seda era comum nessa época para saias que iam até os pés. A blusa
era pomposa e sem mangas. O sapato,
acompanhado sempre da meia de renda com elástico, era alto, de bico redondo e
com laço de fita. O perfume francês, as luvas de renda, o chapéu florido e a
sombrinha com pedrarias lhe completavam o conjunto. Para a ida à Igreja, o uso
do véu ou da mantilha era obrigatório.
O homem costumava usar o palitó ou o smooker, a gravata de seda pura e o colete tendo em um dos bolsos o relógio preso por uma corrente de ouro ou de prata. O sapato era de couro fino, geralmente de marca Scatamarker; a cartola ou o chapéu de feltro dependia da circunstância; a bengala de madeira com o cabo de marfim ou de metal lhe compunham o físico varonil, alem da face séria e adornada pelo cabelo partido e o bigode grande e enrolado.
O uso da flor e do laço de fita era comum nos cabelos e nos vestidos das crianças, até de mocinhas já adultas.
O sacerdote
usava a tonsura, coroa que se faz rapando os cabelos n alto da cabeça. E o seu
traje eclesiástico era a batina e o barrete
de cor preta. Os Paramentos e as toalhas
do altar eram ricos e até tecidos com fios de ouro e prata. As lavadeiras das
roupas da Igreja só podiam ser católicas praticantes.
As famílias mais tradicionais desta cidade tinham as suas cadeiras com belos genuflexórios na Igreja Matriz de Itambé, forrados de veludo, como a Dona Maria Madalena Amorim Brito, a mãe de Jayme, Aurezino Brito, mais conhecido como Sinhô, além do Sr. Sebastião e Nonô Brito vindos depois na década de 50 de Macarani para Itambé.
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