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as décadas 40 50, quando o romantismo
ainda impregnava as escolas do Brasil, era costume ler romances e poesias na sociedade como, atualmente, se
assistem novelas na TV. Os mais importantes romances brasileiros de José de
Alencar, de Machado de Assis, de Manuel
Antônio de Almeida de Bernardo Guimarães, etc. eram publicados nos folhetins da época
Mesmo sem o acesso fácil ao jornal no interior do país para acompanhar esses folhetins que só se circulavam nas capitais, a família dos Coronéis ou grandes fazendeiros costumavam ler os romances dos principais escritores brasileiros e estrangeiros. Romances como Os Três Mosqueteiros, Iracema, O Guarani, Iaiá Garcia, Espumas Flutuantes, O Navio Negreiro não faltavam em nenhuma casa ou fazenda.
As escolas prescreviam, também,
Antologias que traziam, geralmente, os fragmentos mais belos da Literatura
Brasileira. Além de lidas com freqüência, as poesias eram, também, declamadas
nas festas mais importantes do país. A arte da declamação era, pois, uma
expressão cultural admirada na escola e na sociedade.
Dos poetas, Casimiro de Abreu era,
sem dúvida, um dos mais populares do Brasil. O poeta da saudade, falecido aos
21 anos, não chegou a se libertar das figuras da mãe, da irmã e da sua
infância. Autor simples e fluente, suas poesias são feitas para recitar. Quem
ainda não leu “Meus oito anos” ou “A
canção do exílio”?
Em Itambé, a vida cultural não foi
diferente do país. Tanto na escola Teixeira de Freitas, quanto posteriormente
no Ginásio Gilberto Viana, essas poesias
eram tanto apreciadas que costumavam ser recitadas e declamadas nas principais
festas cívicas da cidade. O Pe. Antônio
Franco Rocha não só costumava fazer poesias, como também declamar em sala de
aula. A maior declamadora de poesias em
Itambé nessa época foi Dona Doralice
Teixeira.
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