O segredo, porém, do bom café ou da boa fubá estava condicionado, entretanto, não só às receitas da torrefação feitas à base de rapadura e cravo, mas, sobretudo, no bom manuseio do pilão. Sem a técnica e a experiência do pilão, o milho e a amêndoa do cafeeiro não eram pulverizadas suficientemente para dar um bom mingau e um café saboroso.
Para realizar esse trabalho, havia na cidade piladeiras de milho e de café que eram disputadas pela sociedade local, como Da. Domília, Da. Maria Lourdes, etc. Quanto era belo ver essas mulheres utilizando o pilão! Enquanto pilavam esses produtos de modo forte e ritmado, elas costumavam dizer palavras inintelígíveis ou cantar músicas populares e religiosas como esta:
“Encontrei a Senhora na beira do rio
Lavando os paninhos do seu bendito.
Enquanto Maria lavava
José estendia.”
“Cala meu menino!
Calai meu Senhor
Que a faca que corta
Dá talho sem dor!”
A extinção do pilão em nossos dias se deveu à eficácia da máquina e da tecnologia. Mas, aapesar desse invento ter facilitado tanto à vida do homem não deixou de extinguir uma atividade doméstica que tanto encanto e emprego dava às cidades de todo interior do Brasil, da Bahia e Itambé.
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