A fundação
de Itambé está condicionada a dois acontecimentos importantes da época: a seca
do Nordeste do fim do século XIX e o empenho da Coroa de Portugal de ligar o
litoral ao sertão.
A seca no Ceará no fim do século XIX
ocasionou a retirada de muitas famílias para outras regiões para sobreviver. Delas, Manuel Balbino da Paixão e Manuel Raimundo da Fonseca se
dirigiram para o Planalto baiano, onde se encontra Vitória da Conquista. Seus fundadores construíam, sob a recomendação da Coroa Portuguesa, a estrada dessa Vila ao litoral.
Seguindo a trilha dos construtores da
estrada, esses cearenses encontraram em 1875, no caminho, uma região fértil e
banhada pelos rios Verruga, Catolé e Pardo. Era, pois, a Terra Prometida que
sonhavam.
Convivendo pacificamente com os pataxós e os camacans, as tribos indígenas da região,
essa duas famílias pioneiras aí permaneceram atraídas pela água abundante para
beber, plantar e sem mais a preocupação
da seca, o flagelo do Nordeste.
Crescido o povoado com a chegada de forasteiros e fazendeiros
atraídos pela estrada e riqueza da região, logo se tornou ele um distrito
próspero de Vitória da Conquista denominado de Vila do Verruga.
Em 12 de agosto de 1927, por força de Lei
Estadual, o município foi desmembrado de Vitória da Conquista com sede no então
arraial do Verruga. E em 30 de março de 1938, a sede, formada do distrito com o
topônimo de Verruga, logo alterada para o nome de Vila de Itambé, foi elevada à
categoria de cidade por Decreto-Lei Estadual.
Há muitos descendentes atuais dos seus mais antigos fundadores. As famílias Paixão e Fonseca são os rebentos que ficaram para testemunhar sua
história providencialmente nascida da construção de uma estrada e da seca do
Ceará no Nordeste.