O comportamento da comunidade católica e, também, do povo da cidade era, acentuadamente, penitencial. O jejum era completo de 24 horas; Vigorava a abstenção de carne e de qualquer brincadeira; o uso do véu e da saia comprida para as mulheres eram mantidos à risca na sociedade e, especialmente, durante todas as cerimônias litúrgicas.
Ela era aberta com a Procissão dos fiéis pela manhã no Domingo de Ramos pelas ruas centrais da cidade; Na Quarta-Feira era realizada a procissão do Encontro de Jesus Chagado com Nossa Senhora das Dores.
Na Quinta-Feira Santa, às 15:OO horas, era realizada a Missa solene da Instituição da Eucaristia com o Lava-Pés.
A Cerimônia mais solene da Semana Maior era realizada, porém, na Sexta-Feira Santa com a Adoração e o ósculo da Santa Cruz pelos fiéis.
No Sábado Santo era realizada a Vigília Pascal, à noite. com os Catecúmenos reunidos no Pátio e entrando no templo com velas acesas. Após a Missa era realizada a Procissão pela cidade do Senhor Morto com as paradas alternadas de uma mulher representando Santa Verônica, portando um pequeno Sudário e lendo um pergaminho com uma mensagem pungente da Paixão de Cristo Nosso Senhor.
A cerimônia mais alegre e brilhante era realizada no Domingo da Ressurreição quando a tristeza e o luto davam lugar à alegria e o júbilo. Todos os tecidos negros que velavam as imagens eram retirados sob a proclamação do Cântico Aleluia. À noite, era realizada uma grande Procissão de Cristo Ressuscitado pelas principais ruas da cidade.
O Sábado de Aleluia quebrava-lhe a tristeza com a queima do Judas e a leitura hilariante do seu Testamento em alguns lugares da cidade. O domingo da Ressurreição era, contudo, o dia maior e mais importante da Semana Santa, quando, festivamente, as famílias comemoravam com uma ceia faustosa regada com vinho e a ida à Missa Pascal.
Por falta de autênticas, cingimos a ilustrar o texto com imagens aleatórias de cerimônias litúrgicas realizadas num passado mais recente na Paróquia de São Sebastião em Itambé.