Na Semana da Pátria comemorativa dos 200 Anos da Independência do Brasil, quis "O Arauto" transcrever o artigo do seu Editor, Prof. Carlos Leonor Ribeiro de Brito "Porque amo o Brasil" publicado na sua revista de agosto de 2022:
"Não é a influência de
poetas e escritores românticos como Gonçalves Dias na Canção do Exílio que me
faz amar o país em que nasci. Não. Outras razões mais profundas cultivo eu
desde que comecei a estudar a História do Brasil.
Nascido
sob o signo da Cruz e da Espada, com a Primeira Missa na Bahia e as Grandes
Navegações, o Brasil nasceu cristão e, até hoje, mantém esta glória. É um exemplo disto a sua Evangelização feita
por tantos missionários, especialmente, por São José de Anchieta. Seu
território nacional é pontilhado de templos antigos e modernos e coroado pelo
Cristo Redentor no Rio de Janeiro.
A
Língua que falamos de norte a sul é outro motivo relevante desse amor. Filho de
Portugal era natural que falássemos o seu idioma mesclado com a Língua Geral
dos Indígenas e o idioma da raça negra. Quem lhe visita até hoje de norte a sul
e de leste a oeste, percebe uma grande variedade e uma profunda unidade desta
língua que falamos no campo, nas cidades e nas academias.
Sua
riqueza cultural é outro motivo importante desse amor. Somos um país cosmopolita.
Abrimos nossos braços para receber e mesclar com os povos mais diversos da
Europa, da América e da Ásia. Nossa cultura, nossa arte, nossos costumes e
nossa comida é um exemplo disto. Além de portugueses, índios e negros, temos no
nosso território, italianos, alemães, japoneses, espanhóis, russos, ucranianos,
poloneses, etc.
Em
síntese, amo o Brasil, por estas razões e compartilho o mesmo sentimento de
Gonçalves Dias no exílio quando escreveu o belo poema de que tanto glorifica o
povo brasileiro e a Nação."
