Quem conheceu
o antigo “Mangueiro” e o belo Solar de Dona Josefina Ferraz, dama tradicional
de Itambé na década de 50, jamais
poderia imaginar que esse local seria transformado algum dia num dos maiores e
mais importantes estabelecimentos de ensino da cidade.
Nesse Solar,
já não se ouve o som melodioso do piano
dedilhado pela Professora Aída Ferraz, que ali viveu sua infância e boa parte
da adolescência e juventude. O silêncio daquele
quarteirão pouco habitado é, por vezes, quebrado pelo balbuciar das preces das religiosas que, hoje, o
habitam ou pelo alegre alarido de jovens que para lá afluem, vindos de todos os
cantos da cidade, buscando saciar sua
fome de Deus e de instrução.
Instituição
religiosa de ensino particular conveniada com o Estado, voltada
preferencialmente para os pobres, o Educandário Cristo Rei foi fundado há 60 anos em 2 de março de 1962 pelo Pe.
Antônio Maria Polito sacerdote italiano mas naturalizado brasileiro.
Funcionou,
inicialmente em 2 salas no Ginásio Gilberto Viana, com 80 crianças sob a direção da Irmã
Walquíria Alves Amorim, Voluntária da Ordem de Cristo Rei também criada por
este piedoso sacerdote Vocacionista.
Inicialmente
abrigando apenas 80 crianças, o Educandário Cristo Rei, como é chamado, já não é a mesma instituição do passado quando possuía cerca
de 1460 alunos de ambos sexos e divididos em 20 turmas no turno matutino e 20
turmas no turno vespertino, além de um internato para moças. Mas desde que sua fundadora adoeceu e depois que deixou de ser conveniado com o Estado, ele vem definhando e perdendo o seu vigor.
Já tendo completado mais de 50 anos de atividades dedicadas à comunidade itambéense, o Educandário Cristo
Rei, além da instrução de qualidade ministrada por um corpo docente composto de
professores dedicadas e eficientes,
dispunha de instalações adequadas, em um prédio quase totalmente concluído, graças ao esforço persistente e ao trabalho
contínuo de sua diretora, que fez da obra a razão de sua vida.
Na nobreza
desse belo prédio, outrora palco das ações de Da. Josefina Ferraz, uma das mais
caridosas damas da cidade na década de 30, ergue-se, atualmente, uma das
instituições de ensino mais importantes
de Itambé.
Obra que,
alicerçada em Cristo
Jesus e na dedicação dos seus grandes fundadores, retomará, certamente, seu crescimento na cidade, como
os cedros do Líbano, após a Pandemia, para a glória da Santa Igreja e grandeza de
Itambé, da Bahia e do Brasil.