Das bebidas
juninas, o licor caseiro tem sido uma das coisas mais indispensáveis dessa
festa popular em Itambé. Já não existe na cidade o costume belo e cristão do
passado das pessoas visitarem as casas de famílias nesses dias festivos para
tomar o licor e comer biscoitos e salgados. Mas nenhuma família pode prescindir
dessa saudável bebida nesses dias em casa para receber seus amigos e
convidados.
O licor é uma bebida tradicional
nas festas juninas do nordeste do Brasil. Sua origem é portuguesa. Graças à
fabricação da cachaça tão comum nos engenhos de cana tão comuns nessa região brasileira, os portugueses usaram-na
para a confecção do licor, bebida tradicional e caseira em Portugal e em toda a
Europa.
Por ser temperante e saudável, o
licor foi abençoado pela Igreja desde a Idade Média. Nessa época, essa bebida
era, geralmente, feita pelas pessoas mais simples para curar a tosse, a
bronquite e outros males da época. Aos Cartuxos da França se deve a fabricação
do mais célebre e saboroso licor de todo o mundo. Chama-se de Chartreuse em
homenagem à Ordem já com 800 anos de existência. Ele possui uma centena de
essências de frutas, folhas, flores, etc.
Em Salvador da Bahia há o célebre licor do Convento do Desterro fabricado pelas Irmãs Franciscanas há 300 anos e vendido na Capital e para turistas em benefício da Ordem,
Em Itambé, quase toda família
faz o licor caseiro quando se aproxima a festa do São João. Faz-se licores de
várias frutas na cidade, mas o mais tradicional é, sem dúvida, o de jenipapo.
Nessa época do ano, quando essa fruta abunda a região, é comum encontrá-la nas
feiras livres do município.
Há várias pessoas que costumam comercializar o licor em Itambé nessa época no comércio e barracas para pessoas de fora ou de famílias que não tiveram tempo de fazer. Os mais tradicionais licores da cidade são os fabricados pela Da. Lizete Achy Brito, Da. Lurdes Andrade e Dona Edna Santos Ribeiro de Brito, esposa do Prof. Carlos Leonor Ribeiro de Brito e Dona Cláudia Eça, Viúva Do Sr. Alberto Maciel (Betuca) in memoriam.
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