domingo, 3 de dezembro de 2023

OS RECREIOS DO CEGV NA DÉCADA DE 50

 

Como eram movimentados os recreios e o esporte no CEGV na década de 50! Nos intervalos das aulas, a estudantada acorria pressurosa para o campo de futebol, onde estava instalado um mastro no qual estava amarrada uma corda presa a uma bola. Era o Spiribol! Duplas de alunos disputavam para ver quem enrolava a bola no mastro mais depressa. Quando a sineta tocava, a brincadeira cessava incontinente e todos os alunos acorriam às aulas, onde os professores já os esperavam. Enquanto isto, o Pe. Vicentão, como era mais conhecido o Diretor, com um olhar severo,  aguardava os atrasados para recriminá-los ou dar uma punição qualquer.

A partir dessa hora, o silêncio se fazia sepulcral. No corredor, só se ouvia, então, a voz dos professores e, quando muito, a de um aluno submetido a uma arguição incômoda e aborrecida.

Durante toda a semana, à tardinha, após a banca dos estudantes do Internato, as partidas de futebol eram o maior atrativo do colégio. Desses jogos, participavam tanto os estudantes internos e externos, quanto os Padres Vocacionistas que, muitas vezes, superavam os estudantes em quase todas as modalidades esportivas.

Nos fins de semana, principalmente, nos domingos, depois da Missa dos Estudantes na Matriz, eram realizadas partidas com os jogadores vestidos de camisas oficiais. Eram partidas sérias e bem competitivas, quando os atletas e, até mesmo, os padres costumavam-se exaltar com o juiz, o bandeirinha e outro atleta. Moças e rapazes de fora do internato tinham acesso para torcer, Daí, o acirramento da disputa e a luta pela vitória. Quando a partida terminava, era vez do banho, do almoço ou do jantar. Ninguém podia chegar atrasado para as orações. Durante as refeições, após o sinal da quebra do silêncio feita pelo diretor, os estudantes poderiam falar à vontade. Nessa hora, os comentários só se voltavam para os jogos recém realizados.

Periodicamente, eram realizados campeonatos intermunicipais entre o CEGV e o Ginásio Alfredo Dutra de Itapetinga. Então o Pe. Vicente Russo selecionava os melhores atletas para a importante disputa esportiva. Todo o time ia, pois, de Marinete, para a cidade vizinha sob os cuidados deste sacerdote zeloso e responsável. A depender do resultado, a volta se fazia alegre ou triste.

Na segunda-feira, no ginásio, era a vez dos comentários gerais do jogo realizado. E as notícias eram ouvidas com vivo interesse por professores e alunos.









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