Foi pungente e brilhante a comemoração da Sexta-Feira Santa em Itambé. Além da nobreza que a atual reforma da Matriz vem emprestando aos atos litúrgicos ultimamente, contribuiu especialmente para isto a restauração de muitas coisas do passado em Itambé.
Delas, a mais importante foi, sem dúvida, o caráter penitencial que sempre cercou a Sexta-Feira Maior em toda a Cristandade.
O silêncio, a dor, a expectiva da Ressureição do Redentor ao lado da organização de toda a Cerimônia e Procissão, da decoração do templo e, sobretudo, da devoção e piedade dos fiéis, tudo, enfim, fez da comemoração da Sexta-Feira Santa um acontecimento marcante em Itambé em 2012.
A Procissão do Senhor Morto, dessa feita, saiu organificamente do templo, após o término dos atos litúrgicos, de modo sereno e silencioso percorrendo um pequeno circuito do centro da cidade, qual o féretro de Jesus Cristo feito por Nicodemos e José de Arimatéia para o Sepulcro.
Sob um belo docel de seda carmim e orla dourada carregado por 12 homens vestidos como os Apóstolos, o esquife do Senhor Morto era venerado no caminho por onde passava.
Um grupo das Santas Mulheres consolava o Senhor Morto ao longo da Procissão e a Verônica proclamava alto e bom som de vez em quando para os acompanhantes o "O Vós todos que passais pelos caminhos...", enquanto desenrolava o Sudário com a Santa Face do Salvador banhada de sangue.
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