O Natal chegou e com ele seu espírito
cheio de paz e alegria que inunda toda Cristandade. Época das ceias familiares
à luz de vela, dos festões multicores e brilhantes, das árvores, dos presentes
compartilhados. Época, sobretudo, da Missa do Galo e do presépio.
Desde as suas origens, quando o
Verbo de Deus se fez carne e habitou
entre nós, o Natal foi marcado com uma nota de nobreza e pobreza. De
descendência nobre, Maria foi escolhida entre as mulheres para ser a Mãe do Redentor. Para Pai adotivo, quis o
Padre Eterno que o carpinteiro José
descendesse do Rei David.
Na
sua manifestação ao mundo, procurou Deus assinalar seu nascimento com a visita
dos pastores e dos Reis Magos. Como presentes recebeu as coisas miúdas dos
homens do campo bem como ouro, incenso e mirra dos reis do Oriente.
A
simplicidade e a riqueza estão, pois, associadas ao seu nascimento tão esperado
e suspirado pelos Profetas, mas só
atendido graças às preces de Maria Santíssima.
As
tradições milenares dos povos e a ereção de templos ou das instituições
nascidas do seu espírito não poderiam ser diferentes. As cerimônias religiosas,
a arte e os costumes surgidos ao longo desses séculos sempre foram marcados com o esplendor, a beleza
e a unção que tanto nos encantam a alma e o coração.
Não
achamos palavras mais adequadas para exprimir sua sublimidade senão as do
Intróito e do Ofertório da Missa do Natal:
Nasceu
para nós um Pequenino; um Filho nos foi dado. Traz nos ombros as insígnias da
Realeza, e o seu nome é Anjo do Grande Conselho. Vossos são os céus e vossa é a
terra. Vós fundastes o mundo inteiro, e quanto nele existe; a justiça e a
equidade são as bases do vosso trono.
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