Das tradições juninas, as fogueiras e os fogos é, sem dúvida, as mais importantes em todos os tempos, especialmente nas décadas anteriores à urbanização e à industrialização das cidades no Brasil e em Itambé.
Tradição portuguesa, era natural que ela fosse transmitida para o Brasil na época da sua colonização. Os Santos Juninos São João, São Pedro e Santo Antônio sempre foram cultuados em Portugal e nas suas Colônias de Além-Mar.
No Nordeste, especialmente, na Bahia, a terra Mater do Brasil, esta tradição era conservada até hoje em nossos dias nas cidades pequenas do interior.
Em Itambé, ela era o esplendor do São João. Quando chegava este tempo, todas as suas famílias procuravam armar fogueiras na frente das suas casas. No dia 23, à noite, eram elas acendidas por toda a família reunida. Tão logo acesas, os pais entregavam aos filhos um saco de vários fogos de marca Caramuru e Guarani.
A partir desta hora, era um alvoroço de crianças na rua soltando bombinhas, trepa-moleque, chuvinhas, cobrinhas. pistolões, etc.e dos adultos pelas espadas em Bonfim e outras cidade da Bahia. Enquanto seus pais sentados em torno da fogueira se aqueciam do inverno e comiam, canjica, milho assado, bolo, biscoito, munguzá, os filhos mais velhos simulavam batalhas com fogos tão perigosos que os assustavam bastante. A festança varava as noites noites frias e estreladas. Quando não comiam batatas e milhos assados nas brasas das fogueiras, cantavam animadamente também músicas antigas em coro, soltavam balões e faziam os apadrinhamentos em torno de um tição aceso com esta forma:
"São Pedro mandou e Santo Antônio aprovou. Vamos virar compadres que São João mandou!"
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