Das coisa
Das coisas prazerosas da vida, a sombra de uma árvores é,
sem dúvida, uma das mais importantes. Esse prazer é tanto maior nas regiões
quentes e ensolaradas, É o caso de Itambé durante a Primavera e a época do
estio.
Até a
década de 50, as pessoas e o Poder Público viam
na arborização de suas ruas e das
suas casas, um fator importante para o arejamento e a beleza
de uma cidade. Nessa época, em Itambé, o passeio de todas as casas do centro da cidade era arborizado com o “fícus”
e outras plantas ornamentais. Quanto era belo, nessa época, a paisagem das ruas e praças principais da
cidade!
Mas o que
mais embelezava era o cuidado da poda que o seu mais antigo jardineiro, o Sr.
Joaquim Oliveira (irmão do Sr. Wilson) e o Sr. Clemente Pereira da Silva (Kelé), punham nessas
árvores. Diariamente, eles cuidavam dessas árvores como filhos seus e os elogios que a sociedade
lhes davam mais prazer pelo trabalho que
realizavam.
O amor à natureza, especialmente à árvore, era uma consequência da educação nas escolas. Costumava-se, durante toda a Primavera, plantar árvores na cidade e nos jardins. Esta atividade consistia num belo ritual que os estabelecimentos de ensino realizavam religiosamente com os professores e alunos. Dona Jamile Achy Nery (in memoriam), moradora tradicional de Catolezinho, ainda sabia de cor os hinos específicos da primavera que costumava cantar nas festas de 7 de Setembro, 2 de Julho, 15 de Novembro e 21 de Setembro, quando era adolescente em Itambé:
“A Primavera é uma estação florida.
Cheia de encanto e virginal fulgor
De flores enche o coração da vida
Enche de vida o coração de amor! bis
Ambas parecem quando as vida chama
Ambas parecem, mas não são iguais.
A Primavera passa e depois volta.
E a mocidade não nos volta mais!. Bis “
Ou então este:
“Cavemos a terra,
Plantemos uma árvore
A árvore é amiga
Ela nos dará.
Um dia ao voltarmos
Pedindo-lhe abrigo
As folhas e os frutos
Ela nos dará.
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