terça-feira, 7 de novembro de 2023

A MODA DA VILA DO VERRUGA E DE ITAMBÉ NO PASSADO

         Não era fácil “estar na moda” nas décadas de 30 até 50, quando a Vila de Itambé começava  a ganhar ares de município livre e  emancipado. Mas, mesmo assim, o itambéense, especialmente, os coronéis, os grandes fazendeiros e os grandes profissionais liberais, se interessavam bastante em acompanhar a moda da Capital do Estado.

Nessa época, o município já contava com uma população suficiente para pleitear sua emancipação. E o luxo e a vaidade  já eram suficientes  para ser atraídas pelas novidades dos grands centros culturais do país.

Mesmo raras, as viagens desses senhores para Salvador eram comuns. Nas Lojas Slloper, Pernambucanas e no Salão da Madame Janette situado na Rua Chile, eles traziam para o interior a moda mais recente de Paris, o centro cultural mais importante da época.

A mulher itambéense costumava, nos dias de casamento e de solenidade, trajar bem. O uso da seda era comum nessa época para saias que iam até os   pés. A blusa era pomposa e  sem mangas. O sapato, acompanhado sempre da meia de renda com elástico, era alto, de bico redondo e com laço de fita. O perfume francês, as luvas de renda, o chapéu florido e a sombrinha com pedrarias lhe completavam o conjunto. Para a ida à Igreja, o uso do véu ou da mantilha era obrigatório.

O homem costumava usar o palitó ou o smooker, a gravata de seda  pura e o colete tendo em um dos bolsos o relógio preso por uma corrente de ouro ou de prata. O sapato era de couro fino, geralmente de marca  Scatamarker;  a cartola ou o chapéu de feltro dependia da circunstância; a  bengala de madeira com o cabo de marfim ou de metal  lhe compunham o físico varonil, alem da face séria e  adornada pelo  cabelo partido e o bigode grande e enrolado.

O uso da flor e do laço de fita era comum nos cabelos e nos vestidos das crianças,  até de mocinhas já adultas.

         O sacerdote usava a tonsura, coroa que se faz rapando os cabelos n alto da cabeça. E o seu traje eclesiástico era a  batina e o barrete de cor  preta. Os Paramentos e as toalhas do altar eram ricos e até tecidos com fios de ouro e prata. As lavadeiras das roupas da Igreja só podiam ser católicas praticantes.

            As famílias mais tradicionais desta cidade tinham as suas cadeiras com belos genuflexórios na Igreja Matriz de Itambé, forrados de veludo,  como a Dona Maria Madalena Amorim Brito, a mãe de  Jayme, Aurezino Brito, mais conhecido como Sinhô, além do Sr. Sebastião e Nonô Brito  vindos depois na década de 50 de Macarani para Itambé.






























 

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