Não
há instrumento musical que tenha marcado tanto a sociedade do passado quanto o
piano. Tocado por príncipes, por nobres e pela aristocracia, era ele que alegrava
e divertia os serões familiares, os salões sociais e os teatros das cidades
grandes ou pequenas da Europa e do Brasil.
Quanto era belo e aprazível, num encontro
familiar realizado numa sala toda decorada à “belle époque”, uma moça dedicar
para seu noivo ou namorado uma música de Mozart, Bach, Hendel ou Vivaldi!
Em Itambé, os grandes fazendeiros, comerciantes
prósperos e profissionais liberais, também, desfrutaram o prazer desse
instrumento maravilhoso no passado. Era ele o móvel que embelezava a sala
principal de uma casa.
A vinda para a cidade do grande
músico Francisco Antônio Vasconcelos Silva de Vitória da Conquista e da
pianista Dona Alberita se deveu principalmente à necessidade que tinha a
sociedade local de professores para ensinar o piano para os jovens de Itambé.
As mais prósperas famílias de Itambé possuíam os seus belos pianos ‘‘Essenfelder”
de madeira e importados. Elas tiveram, no passado, a oportunidade de dedilhá-lo
em ocasiões especiais para amigos e parentes. Na década de 50, as tardes do
Solar de Dona Josefina Ferraz, onde morou Dona Arlete Flores (atual Educandário Cristo Rei), eram animadas
e concorridas de jovens para conversar e ou assistir Dona Aída Flores Paim
tocar piano. Atualmente, há na cidade
ainda pessoas que tocam piano e o órgão. É o caso de algumas igrejas; do Prof.
Ronivaldo Pinto Dias (Rony) diplomado em Vitória da Conquista pelo
Conservatório de Música Villa Lobos; do Sr. Carlos Alberto Santos Maciel que estudou
piano
Na década de 80, um sadio
renascimento do piano se fez sentir na sociedade local. Chegou até ser
realizado um Recital no cinema local de crianças e adultos de todos os
segmentos sociais. Mas o seu sucesso foi efêmero. Dele, hoje, só resta a saudade.
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