quinta-feira, 9 de novembro de 2023

O PIANO EM ITAMBÉ

 

         Não há instrumento musical que tenha marcado tanto a sociedade do passado quanto o piano. Tocado por príncipes, por nobres e pela aristocracia, era ele que alegrava e divertia os serões familiares, os salões sociais e os teatros das cidades grandes ou pequenas da Europa e do Brasil.

     Quanto era belo e aprazível, num encontro familiar realizado numa sala toda decorada à “belle époque”, uma moça dedicar para seu noivo ou namorado uma música de Mozart, Bach, Hendel ou Vivaldi!

       Em Itambé, os grandes fazendeiros, comerciantes prósperos e profissionais liberais, também, desfrutaram o prazer desse instrumento maravilhoso no passado. Era ele o móvel que embelezava a sala principal de uma casa.

     A vinda para a cidade do grande músico Francisco Antônio Vasconcelos Silva de Vitória da Conquista e da pianista Dona Alberita se deveu principalmente à necessidade que tinha a sociedade local de professores para ensinar o piano para os jovens de Itambé. As mais prósperas famílias de Itambé possuíam os seus belos pianos ‘‘Essenfelder” de madeira e importados. Elas tiveram, no passado, a oportunidade de dedilhá-lo em ocasiões especiais para amigos e parentes. Na década de 50, as tardes do Solar de Dona Josefina Ferraz, onde morou Dona Arlete Flores  (atual Educandário Cristo Rei), eram animadas e concorridas de jovens para conversar e ou assistir Dona Aída Flores Paim tocar piano. Atualmente, há na cidade ainda pessoas que tocam piano e o órgão. É o caso de algumas igrejas; do Prof. Ronivaldo Pinto Dias (Rony) diplomado em Vitória da Conquista pelo Conservatório de Música Villa Lobos; do Sr. Carlos Alberto Santos Maciel que estudou piano em Nova Jersey – Estados Unidos.

        Na década de 80, um sadio renascimento do piano se fez sentir na sociedade local. Chegou até ser realizado um Recital no cinema local de crianças e adultos de todos os segmentos sociais. Mas o seu sucesso foi efêmero. Dele, hoje, só resta a saudade.














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